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Infecção pelo HPV: As Temidas Verrugas Venéreas

O papilomavirus humano (HPV) é uma espécie de vírus que está intimamente relacionado ao desenvolvimento de verrugas, principalmente nas regiões anogenitais, como pênis, bolsa testicular, vagina e canal anal.

A infecção pelo HPV é considerada uma das doenças sexualmente transmissíveis (DST) mais prevalentes no mundo. Estima-se que 10 a 20% da população já entrou em contato com esse vírus alguma vez na vida; a maioria dos casos permanecerão assintomáticos durante a vida, porém cerca de 30 milhões de indivíduos se apresentam com o quadro clássico da doença.

O papilomavirus humano possui mais de 200 sub-tipos. Os tipos 6 e 11 são comumente associados ao surgimento das lesões verrucosas; já outros subtipos, como 16 e 18, por exemplo, são considerados de alto risco para o desenvolvimento de alguns tumores malignos, sobretudo nas mulheres. Nos homens sabe-se que 30% dos tumores de pênis possuem relação com esses vírus.

A transmissão do HPV ocorre por contato direto com a pele, principalmente através do ato sexual. O período de incubação, ou seja, o tempo entre o contágio e o surgimento da doença, é muito variável, podendo oscilar entre semanas, meses, anos, inclusive décadas.

O quadro clínico na forma clássica consiste no aparecimento do condiloma acuminado. São lesões verrucosas que podem se assemelhar a uma couve-flor, também sendo popularmente conhecidas como crista de galo. Se localizam principalmente nas regiões do prepúcio, glande e bolsa testicular.

A infecção pelo HPV pode apresentar uma fase chamada de subclínica, onde as verrugas são praticamente invisíveis a olho nu, sendo muitas vezes necessário a utilização de alguns métodos complementares para a sua identificação.


O diagnóstico em geral é clínico, através da visualização das lesões características. Naqueles casos de doença subclínica faz-se necessário a realização de uma peniscopia. Este exame consiste na aplicação de ácido acético a 5% na genitália (que torna as verrugas pequenas esbranquiçadas, facilitando a identificação) e a posterior pesquisa das mesmas através de lentes de aumento, que amplificam as imagens em até 40 vezes.

O tratamento consiste na remoção dos condilomas. Os métodos mais amplamente empregados são a eletrocauterização, a crioterapia e a remoção cirúrgica; no entanto o paciente deve estar ciente que, mesmo após retirada das verrugas, não há uma cura completa, estando propício a desenvolver novas lesões no futuro.

O uso de preservativos não constitui uma proteção 100% efetiva contra a contaminação pelo HPV, haja vista que a camisinha não consegue proteger por completo toda a região genital, podendo surgir lesões em áreas expostas, como a base do pênis, a região púbica, etc.


Mais recentemente tornou-se disponível no mercado a vacina Anti-HPV. Tais substancias tem como foco principal a profilaxia, ou seja, prevenir que pessoas saudáveis desenvolvam a doença quando em contato com o vírus. Nas mulheres isso tem papel primordial, haja vista que o câncer de colo uterino está diretamente relacionado a infecção pelo HPV.

Na presença de lesões suspeitas, não hesite, procure um urologista de confiança para uma avaliação


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